Ainda que possua diversos sistemas de redundância para garantir sua segurança, problemas do cilindro mestre podem ter consequências graves.
Redação pecahoje.com.br
O cilindro mestre de freio tem como tarefa transformar a força mecânica exercida no pedal em pressão hidráulica necessária para os freios das rodas funcionarem. Esta peça opera de forma similar a uma seringa, tendo como “êmbolo” os pistões que pressionam o fluido que sai do reservatório.
O cilindro mestre transforma a força mecânica exercida no pedal de freio, ampliada pelo servo freio (hidrovácuo) em força hidráulica, fazendo com que os freios em um automóvel operem. O processo consiste, em linhas gerais, da movimentação dos pistões no interior do cilindro forçando o fluido, gerando pressão no sistema. Tal pressão causa o movimento dos pistões contidos nas pinças de freio (freio à disco) ou cilindros de freio de roda (freio à tambor), diminuindo a velocidade. Ao tirar o pé do pedal de freio, o fluido retorna até o reservatório.
O sistema de redundância
Grande parte dos cilindros mestre atuais possuem duas câmaras que são responsáveis por um par de rodas cada, de maneira a garantir que, caso uma destas câmaras apresente falhas, a outra ainda se manterá em operação, sem comprometer completamente a capacidade de parar o veículo. No entanto, ainda que funcional, caso ocorra a falha em uma das câmaras, isso aumentará consideravelmente a distância de frenagem, podendo até mesmo levar a acidentes. A primeira montadora a utilizar este sistema com redundância foi a americana Cadillac, em 1962.
Junto ao cilindro encontra-se um reservatório, responsável por armazenar o fluido de freio e supri-lo ao conjunto. Este possui uma pequena tampa que permite a substituição do líquido – assunto que abordaremos em um artigo futuro. É importante constatar se o reservatório acompanha a peça que você escolheu no nosso site observando as imagens na página do produto.
A ciência por trás dos cilindros mestres
A mecânica por trás deste processo faz uso do Princípio de Pascal, concebido pelo físico francês Blaise Pascal no ano de 1648, que estabelece que “a pressão exercida sob um ponto de fluido em repouso é inteiramente transmitida aos outros pontos do fluido”. A mesma dinâmica encontrada na operação do cilindro mestre de freio é utilizado em macacos hidráulicos de centros automotivos, caixas d’água e em esfigmomanômetros.
Os problemas do cilindro mestre
Ainda que existam diversos mecanismos que protegem o carro de uma falha desta peça, é imperativo substituir o cilindro mestre de freios assim que uma falha é constatada – caso contrário, perdas significativas na frenagem podem ocorrer. Um dos sintomas mais comuns deste problema consiste no pedal ficar baixo quando se está com o veículo parado e o pé no pedal de freio, como em um semáforo por exemplo. Outro sinal é a aparição de vazamentos ou pontos úmidos pelas linhas de freio.
Esta peça possui desgaste natural conforme seu uso, assim como devido à corrosão e contaminação do fluido de freio. O processo pode ser acelerado, também, pela presença de fluido velho, sujo ou vazamentos nas linhas de freio, que pode permitir a passagem de líquido pela vedação. Caso a vedação do cilindro mestre esteja prejudicada, poderá ocorrer vazamento do líquido para o hidrovácuo e o sistema não vai obter a pressão que precisa para operar corretamente.
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