Chinês ganha Mundial de Xadrez. Imagem por Frans Peeters sob licença CC BY-SA 2.0 Generic (imagem remixada do original)
Ding Liren conseguiu vaga de jogador expulso e quebra hegemonia europeia no esporte.
Redação pecahoje.com.br
Neste dia 30 de abril, o enxadrista chinês Ding Liren conquistou o campeonato mundial de xadrez da FIDE em disputa na cidade de Astana, no Azerbaijão. O adversário foi o russo Ian Nepomniachtchi, número 2 no ranking mundial e melhor jogador do torneio classificatório à final.
A final foi disputada entre 9 e 30 de abril, vencida no tiebreak pela pontuação de 9½ a 8½. O chinês ganha o Mundial de Xadrez e fatura 1.1 milhão de euros, pouco mais que seis milhões de reais, e se manteve na terceira posição do ranking.
A classificação do atleta ao torneio dos candidatos ao título foi marcada por polêmicas. Na ocasião, Liren substituiu o russo Sergey Karjakin, desqualificado pela federação de xadrez após apresentar-se à favor do governo da Rússia durante a Guerra na Ucrânia. Outros torneios baniram a entrada de atletas russos a favor do confronto, como aconteceu durante as Olimpíadas de Inverno.
Liren não poderia participar do torneio pois não possuía o número mínimo de jogos requiridos. Isso se deu pela pandemia do coronavírus, que impediu as viagens do atleta. No entanto, a federação chinesa de xadrez organizou três torneios locais de forma rápida para que o atleta atingisse a quantidade de jogos necessários para competir no mundial.
Já durante a disputa da oitava partida contra Nepomniachtchi, Liren teve sua provável abertura de jogo vazada na internet. O atleta russo afirmou não ter mudado sua estratégia mesmo após acessado a informação, enquanto Liren apenas admitiu que o vazamento era real após conquistar o título.
O mundial ficou marcado por não contar com Magnus Carlsen, enxadrista norueguês detentor do título de campeão mundial de xadrez entre 2013 e 2023. O atleta optou por não defender o título nessa ocasião, citando “falta de motivação”.